sábado, 22 de agosto de 2015

Crónicas de Sol e Gelo: de Granada ao Mulhacén

Desta vez viajamos até à Andaluzia, região de Espanha que oferece dramáticos cenários de mar e montanha, templos e palácios, com Granada e o Alhambra situados aos pés da Serra Nevada, suspensos entre guitarradas de um saudoso lamento de flamenco que evoca crónicas de sol e gelo, no último reduto Muçulmano da Ibéria.

Na extensa e fértil planície do rio Genil encontramos os 3.481 metros do monte Mulhacén, o pico mais alto da Península, que deve o seu nome a Mulei Abul Hassan, conhecido pelos Castelhanos como Mulhacén, o antepenúltimo rei mouro de Granada que, de acordo com a lenda, está sepultado no topo, «entre a neve eterna onde reina o silêncio».


No dia 11 de Agosto de 2015 partimos caminhando de Hoya del Portillo, subimos até ao Refugio Poqueira, excelente ponto de ataque aos vários cumes da Serra Nevada. No dia seguinte, iniciamos a subida ao Mulhacén pela face Ocidental, subindo em direção a Norte pelo rio Mulhacén, passando a Laguna del Majano e a Laguna de la Caldereta. Chegados próximos da aresta, iniciamos a abordagem ao cume em direção a Este, até ao vértice topográfico da Península Ibérica, que, em dias de maior luminosidade, permite avistar o Mediterrâneo e o recorte da costa Africana.


Efetuamos a descida pela face Sul, utilizando os percursos documentados no site do Refúgio Poqueira, que ofereceu-nos abrigo, informação, boa gastronomia, sendo, de acordo com os montanhistas que encontramos, um dos melhores e mais hospitaleiros da alta montanha em Espanha.

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