segunda-feira, 30 de abril de 2012

Rota das Pesqueiras 29/04/2012

No dia 29 de Abril de 2012, em plena Festa do Alvarinho e do Fumeiro de Melgaço, efectuamos a Rota das Pesqueiras, que percorre as margens do rio que torna férteis os vinhedos do vinho que caracteriza o Minho.


Olhadas de longe, as pesqueiras parecem colossos naturais onde o rio Minho bate com força deixando rastos de espuma. Velhas de séculos ou mesmo quase milenares, pois já no século XI eram referidas em doações a mosteiros e ao cabido de Tui, as pesqueiras do Rio Minho, como bens culturais, fazem parte do património paisagístico do Minho e testemunham saberes ancestrais na escolha dos melhores sítios para se implementarem, na sua orientação em relação às correntes do rio, no trabalhar a pedra e erguer dos panos dos muros, na escolha da arte da pesca mais adequada e ainda no sistema de partilha comunitária do seu uso.

De acordo com o livro "As pesqueiras do Rio Minho" de Antero Leite, estas estruturas 
"(...) são o resultado da transformação, pelo homem, das massas rochosas existentes nas margens do Minho em pontos de pesca. De arquitectura popular se trata, pois os seus construtores eram originários das comunidades camponesas ribeirinhas, mestres pedreiros que possuíam um conhecimento profundo das correntes do rio, o que lhes permitia decidir por determinada forma e disposição daquelas construções fixas para a pesca fluvial (...) Foram e continuam a ser importantes na economia e ocupação humana da Ribeira Minho pela complementaridade de rendimento que a sua exploração proporcionou e ainda proporciona às populações ribeirinhas (...).


Ficam as fotos para contar a história.

À descoberta de Cinfães | Fotos

No dia 25 de Abril de 2012 efectuamos um trilho da Rede de Percursos Pedestres de Castro de Aire, com aproximadamente 11 quilômetros de extensão.

Fica aqui o registo fotográfico do Percurso das Minas, efectuado num dia chuvoso de Abril, que intensificou as cores da paisagem, adicionando uma aura de mistério às pequenas aldeias isoladas, às silenciosas minas de volfrâmio, e às altas serras enubladas que guardam gentes e tradições perdidas nos confins do nosso país.

sábado, 7 de abril de 2012

À descoberta de Cinfães 25/04/2012

No dia 25 de Abril de 2012 partiremos até Cinfães para efectuar o Percurso das Minas.

A caminhada começará às 11:00 da manhã nas seguintes coordenadas: 40°57'36.44"N / 8°4'52.44"W.


O percurso apresenta um grau de dificuldade baixo, sendo no entanto recomendável que levem comida, água, impermeável, chapéu, lanternas (de preferência frontais) e calçado confortável.

Caso estejam interessados em participar enviem um e-mail de confirmação para evasãoverde@gmail.com.

Rota do Baleal 07/04/2012

O Baleal ainda é uma aldeia-paraíso, resistindo às desgraças urbanísticas originadas do outro lado da língua de areia que lhe dá acesso na baixa-mar. O areal cresce para norte até à Foz do Arelho e para sul até Peniche de Cima. No meio situa-se a «ilha-península» do Baleal, à sua frente a ilha das Pombas, depois o ilhéu de Fora e o Atlântico.

A praia do Baleal é considerada uma das mais belas do litoral estremenho, de acesso a seco na maré vazia e a vau ou de barco quando as águas já não permitem a passagem. Acordamos mais cedo e, com a maré vazia percorremos toda a extensão do areal, regressando pelo topo das falésias, já com o oceano erguendo-se para uma intensa praia mar, fustigando a base das arribas.

Circular a Peniche 06/04/2012

Se recuássemos no tempo para além do século XV, em vez de uma península onde fica Peniche e o Cabo Carvoeiro, antes encontraríamos uma ilha separada da costa, e num recorte mais profundo desta última, com feição portuária, a povoação de Autouguia da Baleia.

Mas as areais que se foram juntando entre essa ilha e a terra próxima e o entulhamento progressivo do pequeno porto vizinho e do rio que lhe dava origem foram a pouco e pouco transformando a geografia e a paisagem, a caminho do que hoje por ali se encontra: em vez da ilha, uma península; em vez de um porto interior, o fértil e amplo vale de Ferrel, transformando aquele porto numa povoação interior, embora sempre próxima do litoral.

Ao longe, a uma escassa dúzia de quilómetros, já no Atlântico, surgem as Berlengas e os Farilhões, pequenas ilhas e rochedos desligados do litoral num viver de exilio, habitados em tempos por frades expulsos pela pirataria argelina, pela guarnição do Forte de São João Baptista e hoje pelos faroleiros e raros pescadores.

No dia 6 de Abril, num percurso de aproximadamente 12 quilómetros, visitamos uma terra de pescadores e surfistas, vigiada pelo cântico sempre presente das aves marinhas, que pairam sobre as falésias, suspensas entre o céu e o oceano.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

À descoberta de Peniche 6-7/04/2012

Nos dias 6 e 7 de Abril de 2012 partiremos à descoberta de Peniche, para efectuar dois trilhos de acordo com o agendamento a seguir apresentado.


Data: 6 de Abril de 2012
Hora local: 11:00
Coordenadas do ponto de partida: 39°21'16.43"N / 9°22'49.91"W
Trilho: Circular a Peniche

Data: 7 de Abril de 2012
Hora local: 09:00
Coordenadas do ponto de partida: 39°22'25.60"N / 9°20'28.35"W
Trilho: Rota do Baleal

Os percursos apresentam um grau de dificuldade baixo, sendo recomendados para iniciantes ao “trekking”. Caso estejam interessados em participar enviem um e-mail de confirmação para evasãoverde@gmail.com.

Pedras, Moinhos e Aromas de Santiago | Fotos

O percurso decorreu numa zona de montanha, a Serra da Aboboreira, de elevado valor cultural e natural, preservada do progresso urbanístico, por séculos de isolamento geográfico e pela subsequente desertificação humana. Aqui as gentes, ancestralmente adaptadas a esse ambiente e vivendo em tradicionais casas graníticas de arquitectura vernácula, ainda cultivam a leira à força braçal e animal.

Tal ambiente, calmo e pouco povoado, propicia a existência de nichos ecológicos para variadíssimas espécies da fauna e flora de grande valor natural, que aí encontram refúgio. Pelo caminho percorremos bosques de carvalho, campos de cultivo sobranceiros às aldeias e zonas de vegetação arbustiva.

Salpicando a paisagem podemos observar majestosas fragas com formas finamente arredondadas, lembrando silenciosos guardiões da serra. Umas vezes são usadas como apoio amigo que protege das intempéries, pelo que ancestralmente a gente partilhava com elas o seu lar ao construir as suas casas a elas encostadas. Outras vezes, estes geomonumentos, pela desproporção e “equilíbrio ameaçador” em que se encontram, inclinadas sobre as habitações, parecem querer recordar ao Homem a sua pequenez e o quanto a sua existência está nas mãos do destino.

As construções de pendor religioso salpicam a paisagem, como é o caso das capelas de São Clemente, São Tiago, São Brás e São Bento do Pinhão.

Durante o trajecto percorremos caminhos antigos de ladeados de muros de pedra, muitas vezes escavados na rocha-mãe, por sua vez sulcados pelos rodados dos carros de bois, testemunhas do tempo em que a necessidade obrigava a tirar o sustento de terras pobres e declivosas.

Fica o registo fotográfico de um trilho simples, bem sinalizado, rico em paisagens diversificadas e em recantos rurais de elevada beleza, acessíveis a todos aqueles que gostam de caminhar.