Esta resolução ao final do dia teve algumas vantagens e algumas desvantagens. A principal vantagem resulta das fotos maravilhosas que se conseguiram obter antes do por do sol, com uma intensidade de cores surpreendente. A principal desvantagem foi não se ter conseguido obter fotos depois do por do sol, especialmente quando percorremos a borda do Atlântico sobre pedras e poças que permitiram efectuar uma lavagem completa da lama do PR3.
Com aproximadamente 8,9 km, o PR1 inicia-se no centro da aldeia de Almograve, e apresenta “oportunidades de melhoria significativas” no que diz respeito à sinalização. Essas “irregularidades” originaram a que por vezes nos afastássemos do trilho oficial, e perdêssemos alguns dos preciosos raios de sol que precisávamos para efectuar toda a caminhada antes da chegada da noite, conforme mandam as “boas práticas”.
O trilho foi efectuado no sentido contrário aos ponteiros do relógio, partindo da estrada em asfalto que nos trouxe a Almograve. Depois de alguns metros de estrada, surgiu um estradão de terra que conduziu-nos para uma larga área de pastoreio, que ao final de algum tempo converteu-se em duna, permitindo-nos alcançar as bordas das falésias que esculpem a Costa Vicentina.
Seguimos pelo alto das falésias, deslumbrados pela paisagem, até alcançarmos o riacho que atravessa a Praia da Foz do Ouriços. Depois de molhar os pés na travessia, seguimos para a base das falésias, percebendo mais tarde que o trilho oficial deveria seguir pelo topo das mesmas, e não pelas suas fundações, junto ao mar.
Depois de uma travessia “ousada” pelas pedras que sustentam o mergulho íngreme das falésias no oceano, chegamos à Praia principal de Almograve, onde pudemos finalmente subir em segurança através de uma escada instalada na rocha, e encontrar o passadiço em madeira do caminho oficial.
O troço final do trilho (o acesso à Lapa das Pombas), só foi realizado no dia seguinte, devido à hora tardia a que foi concluída a parte circular do PR1. Infelizmente, o dia 7 de Março acordou tempestuoso, e manteve-se assim durante toda a tarde. A chuva intensa impediu que se dispensasse o tempo necessário para obter fotos dignas do troço que liga Almograve ao porto de abrigo da Lapa das Pombas.
No entanto, ficaram registadas algumas imagens, que, apesar do “lusco-fusco” (do dia 6) e da tempestade (do dia 7), conseguem esboçar uma parte ínfima da grandiosidade das arribas da Costa Vicentina.
Para mais informações sobre o trilho clique aqui. Para obter o trilho em formato GPX ou KML, envie uma solicitação para evasaoverde@gmail.com.
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